sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dicas para eliminar o inchaço

• 1º passo: comer com saúde e ingerir bastante água
• 2º passo: controlar os seus hormônios
• 3º passo: massagem corporal

Se você costuma sentir os seios inchados, os pés e as pernas pesadas e o seu peso aumenta de uma hora para outra sem motivo aparente, saiba que a culpa desse quadro pode ser da retenção de líquidos.

De acordo com a endocrinologista Zuleika Halpern, do Hospital das Clínicas de São Paulo, esse inchaço ocorre porque o corpo não consegue eliminar a água acumulada.

Afaste esse saleiro!
"Algumas doenças, como hipertensão e insuficiência renal, causam a retenção. Mas, se a mulher não tem nenhum desses problemas, o inchaço pode ser provocado pelo excesso de peso, as alterações hormonais e o aumento do consumo de sal", diz.

Quem se lembra de como Angélica era cheinha na juventude? A apresentadora, que hoje exibe um corpo magro, sofreu com a retenção de líquidos durante muitos anos. Para lidar com o problema, ela apostou na drenagem linfática. "A retenção de líquidos me atrapalha há anos. Mas com a drenagem o inchaço e a celulite diminuem, e as pernas ficam levinhas", conta.

Mas não é só isso: Angélica também não abre mão de uma alimentação saudável - recheada com frutas, verduras e legumes - e malha de três a quatro vezes por semana. Dessa maneira, não há inchaço que sobreviva.

Confira as dicas poderosas, além de três passos essenciais para expulsar o excesso de água do seu corpo e livre-se, de uma vez por todas, da retenção de líquidos.

Consumir alimentos saudáveis é o primeiro passo

Segundo a nutricionista Mariana Del Bosco, o que você come influenciará diretamente na retenção de líquidos. Descubra quem são os vilões e os melhores aliados do seu cardápio e saia vitoriosa dessa luta anti-inchaço!

- Invista nos chás. Muitos são diuréticos e fazem você eliminar mais líquidos. Os melhores sabores para isso são os cítricos, como limão e laranja.

- Beba bastante água. Ao manter-se bem hidratada, seus rins funcionam melhor, o que é um incentivo para o corpo eliminar o excesso de líquidos.

- Aposte em alimentos diuréticos. Eles fazem você ir ao banheiro mais vezes e, assim, eliminar mais líquidos. Por isso, coma muito mamão, maçã, melancia, morango, agrião, abóbora, morango, beterraba, cenoura, escarola, tomate e pepino.

- Controle o sal. Já reparou como ele absorve a umidade do ambiente? Pois ele age do mesmo jeito no seu corpo: retém o líquido e faz você ir ao banheiro menos vezes. O resultado aparece na barriga e nos seios inchados, na dificuldade de fechar as mãos e nos sapatos apertados.

- Fuja dos refrigerantes, mesmo os light. Especialmente no período pré-menstrual. Eles são ricos em sais minerais, que contribuem ainda mais para o corpo ficar inchado.

- Evite alimentos enlatados. Eles são industrializados e possuem muito sódio e conservantes na composição. Isso acaba fazendo você reter ainda mais água no corpo. Eles são vilões para quem sofre com retenção de líquidos. Na TPM, a situação piora. A endocrinologista Zuleika Halpern diz que problemas como hipotireoidismo também provocam inchaço.

Faça alguma atividade física que lhe dê prazer

- Faça uma atividade física que lhe dê prazer. Mexer o corpo ativa a circulação, o que elimina o excesso de líquidos do organismo. Além disso, os exercícios físicos contribuem para manter os hormônios equilibrados.

- Evite doces. Algumas substâncias presentes em alimentos como balas e chocolates causam irritabilidade, o que faz o inchaço aumentar mais ainda.

- Alivie o estresse diário. Ele acelera a produção de um hormônio chamado cortisol, que contribui para o aumento da retenção de líquidos. Para evitar isso, procure fazer tarefas relaxantes, como ler revistas, passear ou ouvir música.

- Procure especialistas. Para algumas pessoas, mudar de hábitos não é o suficiente. Quando o inchaço interfere no dia a dia, o endocrinologista pode prescrever um remédio para ajudar no controle da retenção, o nutricionista pode prescrever um cardápio adaptado a sua realidade e o professor de Educação Física para prescrição de exercícios que promovam seu bem estar.

A drenagem linfática reduz o inchaço e tem efeito imediato. Mas lembre-se procure um especialista formado que lhe passe segurança no tratamento.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

L- Carnitina (mais um pote magico?)


Por Paulo Gentil
20/06/2002

Uma pequena explicação bioquímica

Para a gordura ser “queimada” ela deve ser dissociada em ácidos graxos e glicerol. O glicerol é metabolizado pela mesma via que a glicose, já os ácidos graxos passam por diversas reações até serem metabolizados nos mitocôndrias. O primeiro passo para “queima” dos ácidos graxos é sua conversão em acil-CoA que deverá penetrar no mitocôndria, porém existe um pequeno problema: a membrana mitocondrial é impermeável a essa substância, o que impede sua entrada espontânea e conseqüente degradação. A Carnitina surge exatamente para solucionar esse impasse, se ligando ao radical acila da acil-CoA e levando-o para dentro do mitocôndria, onde há outra coenzima A (CoA) que o recebe e dá prosseguimento às reações.

Na prática (para perda de gordura)

Traduzindo, a Carnitina é quem realiza o transporte dos derivados da gordura para dentro dos mitocôndrias, onde eles serão oxidados. Ao tomar conhecimento destas reações, alguns entusiastas da indústria farmacêutica apressaram-se em produzir e vender Carnitina, afirmando que sua ingestão aumentaria a degradação de lipídeos e ajudaria a queimar a indesejável gordura localizada. Esses compostos receberam o sugestivo nome de Fat Burners (Queimadores de gordura).

O que parece lógico no raciocínio linear é duvidoso e até certo ponto infantil na sistemática bioquímica. Tendo em visto que o catabolismo do tecido gorduroso possui um grande número de reações, catalizadas por diversas enzimas e reguladas por incontáveis fatores, seria demasiado simplista achar que a Carnitina sozinha influenciaria toda essa cadeia de reações sem que os outros passos fossem alterados. Outro ponto a ser colocado é o fato dos tecidos animais saudáveis já possuírem quantidades mais que suficientes de Carnitina para manter as reações em andamento, não sendo esse o motivo de maior ou menor queima de gordura.

Analisando o uso de carnitina

Para analisarmos a suplementação da carnitina devemos começar da ingestão em si. Em primeiro lugar deve-se ter em mente a enorme distância fisiológica entre a ingestão do suplemento e o aumento de sua concentração nos músculos. É um caminho tão longo e incerto que diversos autores afirmam que a suplementação de carnitina tem pouco efeito em sua concentração muscular (BASS, 2000; BRASS et al, 1994, VUKOVICH et al, 1994; BARNETT et al, 1994). Em condições normais a carnitina exógena é quase toda eliminada pela urina (OHTANI et al, 1984), e o pior de tudo é que esse pouco que porventura venha a cair na circulação, dificilmente entrará no músculo (BRASS, 2000). Além dessas questões fisiológicas, há outras ainda mais obscuras, como a qualidade dos suplementos. Em um estudo de 1993, MILLINGTON et al verificaram que a média de quantidade de carnitina nos suplementos analisados era apenas 52% do escrito nos rótulos!! Ou seja, se tomando a carnitina em si já e difícil que ela chegue no músculo, imagina tomando farinha...

Mesmo que tomássemos a carnitina verdadeira e ela de fato chegasse ao músculo, ainda restaria um pergunta: por que tomar? Considerando que há pouca perda de carnitina (perto de 90% dela é reabsorvida pelos rins), concluiremos que deficiências na quantidade de carnitina são muito raras, sendo vistas apenas em algumas doenças hereditárias incomuns. Por esses e outros fatores não há como afirmarmos nada positivo em relação ao uso de uso de carnitina com fins estéticos.

Na prática para performance

Supôs-se também que a suplementação da carnitina ajudaria na performance das atividades de endurance por aumentar o consumo de gorduras e poupar o glicogênio muscular, porém não há nenhum estudo relacionando a falta de carnitina à fadiga. Além disso, deve-se ter em mente que o mecanismo de fadiga ainda não é totalmente compreendido, e a falta de glicogênio certamente não é o único fator envolvido.

Apesar de estudos de longa duração terem verificado alterações enzimáticas sugestivas, os únicos casos onde se comprovou a melhora na performance de atividades físicas foram em condições patológicas como doenças renais (AHMAD et al, 1991), vasculares (BREVETTI et al, 1988) e síndrome de fadiga crônica (PLIOPLYS et al, 1997).

Concluindo

- Apesar de haver inúmeros estudos sobre o uso de carnitina, não é possível dizer que sua suplementação traz benefícios para pessoas saudáveis, sejam estéticos ou de performance (HEINONEN, 1996; BRASS, 2000).

- O uso de carnitina embasa-se apenas em alguns estudos animais e in vitro (DUBELAAR et al, 1991; BRASS et al, 1993), não havendo possibilidades de extrapolação em humanos.

- As pesquisas feitas usaram doses de até 5 gramas e continuaram sem obter resultados, portanto eu não recomendaria o uso deste aminoácido a menos que você se encontre em uma condição patológica.

Você encontrará mais informações no site: http://www.gease.pro.br/principal.php