terça-feira, 24 de setembro de 2013

Afinal, o que é Treinamento Funcional?

Você sabe? Ou melhor, Seu professor sabe?

Muitas pessoas me param na rua ou sempre que me escutam falar sobre o assunto me perguntam o que é treinamento funcional. Para quem é amante desta atividade desde a época que minha irmã treinava volei pelo Fluminense e pelo Tijuca Tênis Clube (e bota tempo nisso). Isso mesmo, naquela época já praticava-se nos clubes o que leva o nome hoje de treinamento funcional, mas eram poucos profissionais que aplicavam em seus atletas. Lembro-me de participar algumas vezes, não só dos preparos físicos em circuito, mas também da pliometria, das corridas e do famoso treino funcional. 23 anos depois, com minhas experiencias adquiridas na faculdade de Educação Física, da aproximação de professores, Mestres e Doutores com quem pude dividir minha teoria e minha pratica e das lembranças dos treinos no Tijuca com a Técnica Gláucia (por sinal, excelente profissional da época) posso afirmar: Eu já treinava funcionalmente naquela época.

Mas afinal... Você sabe o que é Treinamento Funcional?

O treinamento funcional é uma metodologia de treino que enxerga o corpo de maneira global, treinando o corpo através de movimentos. Ao invés de treinar o tríceps e o peitoral, vamos treinar o movimento de empurrar e ao invés de treinar bíceps e o grande dorsal vamos treinar o movimento de puxar. O objetivo é treinar funcionalidades através do princípio de transferência, com o qual o exercício tenta reproduzir, ao máximo, um gesto motor, podendo ser esportivo ou algo do cotidiano.

A atividade física normalmente é apresentada com treinos de força, flexibilidade e resistência. A grande diferença do treinamento funcional é pensar em todas as capacidades físicas, indo além das já citadas. Os treinos precisam levar em conta: velocidade, concatenação de movimento, diferenciação, equilíbrio, orientação, ritmo, adaptação a variações e agilidade. (WEINECK, 1999)

Atualmente associam o treinamento funcional a utilização de bases instáveis (bola suíça, balance disc, plataformas de equilíbrio), mas isso é uma visão muito simplificada. Bases instáveis são uteis para treinar equilíbrio, que é só uma das capacidades a serem treinadas. Só de olhar um exercício, não podemos dizer que é funcional, em outras palavras, não é só porque um exercício é realizado em cima de uma bola suíça que ele pode ser chamado de funcional. Até mesmo porque utilizamos bola suíça na yoga, no pilates, no funcional, na reabilitação... Não são os exercícios que vão caracterizar esse tipo de treinamento. O que realmente vai caracterizar são: os objetivos, as necessidades identificadas, a adequação, a prescrição e a periodização do treino.

Imaginem um atleta realizando um exercício de supino apoiado em um bola suíça. Isso é funcional? Se for um lutador de MMA pode ser que sim, mas e se o atleta for um piloto de moto cross, será que este mesmo exercício vai ser funcional?

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Adoçantes e ganho de peso

A obesidade é uma epidemia global, e a busca pelo emagrecimento, por motivos estéticos ou de saúde, é uma preocupação comum na sociedade moderna. Assim, várias estratégias nutricionais tem sido adotadas a fim de evitar o ganho de gordura, uma delas é o uso de adoçantes dietéticos (AD) não-calóricos, uma vez que o açúcar é um importante responsável na adipogênese. Porém, há evidências de que populações que buscam o uso dos AD engordam cada vez mais (YANG, 2010). Confirmando isso, modelos experimentais mostram que o uso de adoçantes induz ganho de peso e redução da saciedade (SWITHERS E DAVIDSON, 2008; SWITHERS et al., 2013). No caso do uso do aspartame ou sacarina sódica, com o mesmo consumo calórico, esse ganho pode ser superior ao induzido pelo consumo do próprio açúcar (FEIJÓ et al., 2013). Em outro trabalho, ratos expostos aos adoçantes ganharam peso mesmo sem alterar o consumo calórico (POLYÁK et al., 2010). E o mais grave é que esse ganho de gordura que pode ocorrer pela exposição ao sabor doce pode continuar mesmo após a interrupção do consumo de adoçantes (SWITHERS et al., 2009).

Leia mais em:

Adoçantes, adiposidade e distúrbios metabólicos Felipe Nassau 12/03/2013

Para ver a pesquisa na integra:

http://www.gease.pro.br/artigo_visualizar.php?id=238